Salmos e Provérbios
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Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores;

2 antes tem seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e noite.

3 Pois será como a árvore plantada junto às correntes de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cuja folha não cai; e tudo quanto fizer prosperará.

4 Não são assim os ímpios, mas são semelhantes à moinha que o vento espalha.

5 Pelo que os ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos;

6 porque o Senhor conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios conduz à ruína.

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    Salmos

Provérbios de Salomão, filho de Davi, rei de Israel:

2 Para se conhecer a sabedoria e a instrução; para se entenderem as palavras de inteligência;

3 para se instruir em sábio procedimento, em retidão, justiça e eqüidade;

4 para se dar aos simples prudência, e aos jovens conhecimento e bom siso.

5 Ouça também, o sábio e cresça em ciência, e o entendido adquira habilidade,

6 para entender provérbios e parábolas, as palavras dos sábios, e seus enigmas.

7 O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; mas os insensatos desprezam a sabedoria e a instrução.

8 Filho meu, ouve a instrução de teu pai, e não deixes o ensino de tua mãe.

9 Porque eles serão uma grinalda de graça para a tua cabeça, e colares para o teu pescoço.

10 Filho meu, se os pecadores te quiserem seduzir, não consintas.

11 Se disserem: Vem conosco; embosquemo-nos para derramar sangue; espreitemos sem razão o inocente;

12 traguemo-los vivos, como o Seol, e inteiros como os que descem à cova;

13 acharemos toda sorte de bens preciosos; encheremos as nossas casas de despojos;

14 lançarás a tua sorte entre nós; teremos todos uma só bolsa;

15 filho meu, não andes no caminho com eles; guarda da sua vereda o teu pé,

16 porque os seus pés correm para o mal, e eles se apressam a derramar sangue.

17 Pois debalde se estende a rede à vista de qualquer ave.

18 Mas estes se põem em emboscadas contra o seu próprio sangue, e as suas próprias vidas espreitam.

19 Tais são as veredas de todo aquele que se entrega à cobiça; ela tira a vida dos que a possuem.

20 A suprema sabedoria altissonantemente clama nas ruas; nas praças levanta a sua voz.

21 Do alto dos muros clama; às entradas das portas e na cidade profere as suas palavras:

22 Até quando, ó estúpidos, amareis a estupidez? e até quando se deleitarão no escárnio os escarnecedores, e odiarão os insensatos o conhecimento?

23 Convertei-vos pela minha repreensão; eis que derramarei sobre vós o meu; espírito e vos farei saber as minhas palavras.

24 Mas, porque clamei, e vós recusastes; porque estendi a minha mão, e não houve quem desse atenção;

25 antes desprezastes todo o meu conselho, e não fizestes caso da minha repreensão;

26 também eu me rirei no dia da vossa calamidade; zombarei, quando sobrevier o vosso terror,

27 quando o terror vos sobrevier como tempestade, e a vossa calamidade passar como redemoinho, e quando vos sobrevierem aperto e angústia.

28 Então a mim clamarão, mas eu não responderei; diligentemente me buscarão, mas não me acharão.

29 Porquanto aborreceram o conhecimento, e não preferiram o temor do Senhor;

30 não quiseram o meu conselho e desprezaram toda a minha repreensão;

31 portanto comerão do fruto do seu caminho e se fartarão dos seus próprios conselhos.

32 Porque o desvio dos néscios os matará, e a prosperidade dos loucos os destruirá.

33 Mas o que me der ouvidos habitará em segurança, e estará tranqüilo, sem receio do mal.